Cadernos PROMUSPP, São Paulo, v.2 n.1, jan./mar. 2022

 

Apresentação
      

        É com alegria que apresentamos o 2o número dos Cadernos PROMUSPP, publicação do Programa de Doutorado em Mudança Social e Participação Política. Em tempos de polarização, cancelamentos, fake news, negacionismo científico, anti-intelectualismo e militarização da política, é um grande alento ver a contribuição de docentes, pesquisadores e colaboradores do Programa com o pensamento crítico acadêmico. Os desafios sociais são tão complexos como inspiradores para promover a mudança social, que passa por uma universidade com rica vida intelectual e resiliente.

        Esta edição é aberta com  o artigo de Marco Bettine, Gustavo Gutierrez e Diego Gutierrez que discute, com base no trabalho de Norman Fairclough, os aspectos constitutivos da chamada “ação politicamente correta. Em seguida, temos o ensaio de Anna Carolina Longano, intitulado “Mimimi: por que a pesquisadora feminista aqui não quer calar a boca”. O texto que, segundo a autora, é indicado “para pessoas maiores de idade e com estômago forte”, propõe esclarecer a importância e relevância da realização de produção, comunicação de conhecimento de Mulheres.

        Emilly Espildora e Gisele S. Craveiro colaboram com o texto “Capacidades Estatais em Processos de Monitoramento Participativo Mediados por TICs”. Nele, as autoras expõem os resultados de uma pesquisa que teve o objetivo de compreender em que medida as capacidades técnicas empregadas em processos de monitoramento participativos utilizando as tecnologias de informação e comunicação se diferenciam daquelas envolvidas em outras modalidades de participação social.

        Por fim, a edição é fechada com o artigo de opinião “Epistemologia da pesquisa em mudança social”, por Gustavo Luis Gutierrez e Marco Bettine. Seu objetivo foi discutir a natureza da pesquisa sobre mudança social e movimentos sociais a partir do diálogo com teóricos da sociologia clássica.

        Em tempos confusos e instáveis, cabe lembrar o filósofo Confúcio. Para ele há três métodos que nos permitem nos aproximar da sabedoria: o primeiro é por imitação – o mais fácil; o segundo pela experiência - o mais amargo; e o terceiro pela reflexão, que é mais nobre.

        Esperamos que aprecie a leitura de mais este número dos Cadernos PROMUSPP.

 

Editores